quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

 


COMO SUMIU? 

Desapareceu

Nunca mais ninguém o viu

Que será que lhe aconteceu?

Será que de algo ou de alguém, fugiu?

Estranho, não mostrar o seu EU

Que sempre o envaideceu

Deve ter descoberto 

Que fomentar a infelicidade de outros

Apenas alimenta a própria infelicidade

Mas por que se terá evaporado?

Será que se mudou para outro lado

Mas continua o mesmo dissimulado?

Deve ter concluído que aqui

Já não tinha futuro, como no passado

E num sítio onde seja desconhecido

É mais fácil passar despercebido

Fazendo-se valer 

Da inocência de quem nele

É levado a crer

Será que o vento o arrastou e nem gritou?

Ou uma onda o enrolou e se afogou?

Não que me faça falta

Mas quando está céu nublado

E de repente o sol brilha

A diferença faz-se notar

Da minha parte, é só curiosidade

Tantos anos a torturar-me

E num ápice se desfez no ar

Humm…faz-me pensar e desconfiar

Bom mesmo, é que por lá para aonde foi

Se deixe ficar

Se por acaso alguém o encontrar

Pode dizer que se notou a ausência

Mas que não precisa de regressar

Quem? O Embuste, em forma de gente 

Durante tanto tempo comigo conviveu

Com a máscara que tão bem exibiu

E de repente…

Nunca mais ninguém o viu

Onde será que se meteu?

Não sei, nem é problema meu

E com isso não me vou agoniar

Quero relaxar e arejar a minha mente

Já que se foi…que seja para sempre!


Helena Santos




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