COMO SUMIU?
Desapareceu
Nunca mais ninguém o viu
Que será que lhe aconteceu?
Será que de algo ou de alguém, fugiu?
Estranho, não mostrar o seu EU
Que sempre o envaideceu
Deve ter descoberto
Que fomentar a infelicidade de outros
Apenas alimenta a própria infelicidade
Mas por que se terá evaporado?
Será que se mudou para outro lado
Mas continua o mesmo dissimulado?
Deve ter concluído que aqui
Já não tinha futuro, como no passado
E num sítio onde seja desconhecido
É mais fácil passar despercebido
Fazendo-se valer
Da inocência de quem nele
É levado a crer
Será que o vento o arrastou e nem gritou?
Ou uma onda o enrolou e se afogou?
Não que me faça falta
Mas quando está céu nublado
E de repente o sol brilha
A diferença faz-se notar
Da minha parte, é só curiosidade
Tantos anos a torturar-me
E num ápice se desfez no ar
Humm…faz-me pensar e desconfiar
Bom mesmo, é que por lá para aonde foi
Se deixe ficar
Se por acaso alguém o encontrar
Pode dizer que se notou a ausência
Mas que não precisa de regressar
Quem? O Embuste, em forma de gente
Durante tanto tempo comigo conviveu
Com a máscara que tão bem exibiu
E de repente…
Nunca mais ninguém o viu
Onde será que se meteu?
Não sei, nem é problema meu
E com isso não me vou agoniar
Quero relaxar e arejar a minha mente
Já que se foi…que seja para sempre!
Helena Santos
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