Eu...Helena Santos

 





Eu...

Não é recado para ninguém, não sou mulher de mandar recados, vou sempre direta ao assunto ou à pessoa, quando ela tem a coragem de se identificar ou me enfrentar. Mas os cobardes proliferam...O que está aqui é apenas para me facilitar a vida e não ter de andar a repetir-me, não sou papagaio! Entendam como uma forma de me conhecerem.

Os meus assuntos são tratados em privado, não alimento glutões de fofocas que o fazem para esconder o muito que têm para falar da própria vida. A minha basta-me e o tempo que me sobra não o desperdiço com merdices. Não achem nada sobre mim, sobre o que eu escrevo, ou sobre o que faço. Do achar até ao ser, vai um mar de falta de qualquer coisa a alguém. Se assim não fosse, não falavam do que não sabem. Têm comichão? Arranjem quem vos coce e garanto que deixam de ter tempo e vontade de meter o focinho onde não são chamados. Têm curiosidade? Perguntem. Ninguém fica sem resposta e ninguém melhor do que eu para vos dar certezas sobre mim e olhem que muitas vezes nem eu tenho tantas certezas assim. Mas estejam preparados para as respostas. Eu nunca disse que era boazinha e se é isso que as pessoas pensam, não é problema meu. Só me responsabilizo pelo que digo.  Há tanta carraça a falar do que não viu nem ouviu e a dar opinião sem que  lhe tivesse sido pedida. As pessoas bem formadas não dão opinião, nem tomam partido quando não conhecem os dois lados de uma história. Isso se o assunto lhes disser respeito, o que raramente acontece. Quem faz isso são os "carneirinhos", que por falta de personalidade, tornam-se em "Maria vai com as outras". As pessoas frustradas quando não têm capacidade para resolver os seus problemas,  abraçam causas alheias mesmo desconhecendo o conteúdo. Isso fá-las sentir úteis dentro do fracasso que são as próprias vidas. Eu entendo e perdoo. Os destinatários do que escrevo, são todas as pessoas que me leem. Se gostam de mim ou não, é-me completamente indiferente, eu também não gosto de toda a gente. Mas o facto é que leem. Se assim não fosse não saberiam sobre o que escrevo. Mas não publico no meu mural poemas ou outro género de escrita como "recados", seria dar importância a quem não tem e uma perda de tempo. O que tenho a dizer, digo diretamente aos visados e em privado. É uma questão de formação, educação e coragem.  Até porque "recados" deixados no ar para quem os apanhar e que ninguém sabe aonde vão parar, são para gente cobarde e isso eu não sou, mesmo. Façam publicações construtivas, usem os neurónios para algo positivo e não percam tempo com parvoíces só para chamar a atenção. Tanta carência e futilidade, meu Deus. Tanta necessidade de estrelato. Tanta necessidade de agradar. Eu não publico para ter audiências, cativar seguidores, ou defensores. Eu não estou em Campanha Eleitoral, já tenho uma sombra que me segue para todo o lado e defendo-me bem sozinha. Não pensem que tiro satisfações de tudo, ou que abordo qualquer imbecil que não sabe o que faz ou diz. Até para me chatearem as pessoas têm de merecer, ou ter competência e isso não é para todos. Não perco as minhas energias e o meu tempo com gente idiota, sem carácter e que se vende ou deslumbra com e por pouco.  Por isso, o facto de não me manifestar não significa que desconheça, significa, principalmente, que eu prefiro dedicar o meu tempo aos meus cães. Eles sim, merecem tudo. Dão-se sem qualquer interesse, não metem a pata onde não devem e não mordem a mão que os alimenta. Conhecem o amor, a gratidão, a lealdade e a amizade. Há muito quem cuspa no prato onde comeu, esquecem-se das voltas da vida. Não me considero nem mais, nem menos do que A ou B. Tenho todos os defeitos e virtudes que um ser humano pode ter e faço uso deles como me convém, como toda a gente. A diferença é que uns assumem e outros ostentam uma santidade que só existe na própria cabeça, de tão tonta e oca. O "eu ando aqui só a semear o bem", "eu não faço mal a ninguém", "eu não falo da vida alheia", "eu não julgo nem critico", "eu não traio",  etc, é para quem não aceita a imagem que vê ao espelho. Por um lado não fazem nada de mal, por outro, dizem que não são perfeitas nem querem ser. Então, em que ficamos? Ora. Poupem-me e poupem-se ao ridículo e a cinismos! A não ser que andem por aí a distribuir só virtudes em rifas e que eu não tenha sido contemplada. Já magoei, já fui magoada. Já julguei e fui julgada. Já pedi desculpa e nem sempre fui desculpada. Também há quem me deva um pedido de desculpas e eu tenho consciência que devo um pedido de desculpas a alguém. Há quem passe anos a dizer que ama alguém, ou que odeia alguém e do dia para a noite, passa a odiar quem ama e a amar quem odeia. Tudo faz parte da vida, minha gente. Por isso, não tenho paciência para "virgens ofendidas", ou  "santas do pau oco",  nem reconheço qualquer superioridade seja a quem for. Olhem-se e verão que de bico fechado ficam muito melhor. Certamente que as vossas vidas  não são exemplo para ninguém, assim como a minha não é. Por favor, tenham tento nos atos e nas palavras, já que desconhecem o significado de coerência e vergonha! Cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém. Tenham juízo e aproveitem a vida, em vez de a desperdiçarem a catar erros, falhas, ou pecados, na vida alheia. O ser humano é imperfeito e insatisfeito por natureza, ponto. Uns erram ou pecam de uma forma e outros de outra. O que quer dizer que todos nós somos assim. O que varia é o tipo de erro e de pecado. Claro que cada um acha que os erros e pecados dos outros são sempre mais cabeludos, também é normal, mas não é real. Ninguém tem um grau de santidade que lhe conceda Via Verde para  dar lições de moral seja a quem for. Metam isso nas vossas cabeças ocas, pessoinhas arrogantes, egocêntricas e vazias, sempre com uma farpinha para espetar em alguém, com pinceladas doces para disfarçar a maldade e a falsidade. Amor próprio, por onde andas? E nunca é muito repetir que sou extremamente grata a todos que em alguma fase da minha vida me ajudaram, mas isso não me obriga a estar de perna aberta. Não devo nada a ninguém.

Quanto ao meu deslumbrante sorriso, tem vida própria. Lamento.

Mais sobre mim? Deixa-me cá pensar...Já sei. Sou intragável, tenho vontade própria, personalidade forte, opinião, poder de decisão, não emprenho pelos ouvidos, não sou  manipulável, e  ninguém me compra com livros, comentários, ajudas beneméritas, likes, almoços, jantares, ou convites seja para o que for. O que não gosto,  não engulo e se engolir inadvertidamente, vomito. Quando não gosto ou não quero, digo-o, ou mostro sem rodeios. Não finjo ser amiga ou gostar de alguém só por interesse, à espera de colher dividendos e virar as costas depois de servida. Isso tem um nome muito feio que nem vou  escrever aqui só por educação, gentinha manhosa, oportunista, manipuladora e sem vergonha na tromba.

Se sou grossa, rude, agressiva e outras coisas mais? Há quem ache que sim, mas não concordo. Eu apenas sou franca, direta, digo o que penso e sinto, não deixo que me pisem e há quem não lide bem com isso. Paciência. É que a "fazer de conta" já há muita gente. Toda a gente sabe quem eu sou. Assino sempre o que digo ou escrevo e sou bem explícita. As pessoas não sabem tudo sobre mim, sabem aquilo que eu quero que elas saibam. Não tem a ver com o esconder, tem a ver com a minha privacidade que só diz respeito a mim e que não tenho de a expor só para ser popular, ou só porque alguém entende que tenho de ser um livro aberto. Sou um livro aberto nas páginas marcadas por mim, seja para familiares, amigos ou conhecidos.  Não ando aqui para me exibir. Eu respeito-me e dou-me ao respeito. Gosto muito de mim, acho-me giraça e a opinião dos outros é apenas isso...uma opinião, que posso ter em consideração ou não.  Mas nunca tomo as minhas decisões em função disso, senão deixava de ser eu.

E por favor, não me confundam… Eu não gosto que me digam o que tenho de fazer, ou como fazer, em relação aos meus amigos ou simplesmente em relação a pessoas com quem convivo. Sou eu que decido a quem mimar, quando o fazer e de que forma. Se anseiam ser acarinhados por mim, têm de fazer por merecer, não basta querer, muito menos exigir. E para isso é só respeitarem-me, não precisam de me bajular. É só isso que as pessoas que considero, fazem…respeitar-me. Eu sei bem diferenciar todo o tipo de manifestações, não preciso de lições de gente frustrada ou de mal com a vida, que se rói de ciúme e inveja das pessoas que são acarinhadas por mim, ou que me acarinham. Mudem as atitudes, não gosto que me imponham seja o que for. Tenho espírito de contradição! 

Se alguém nutre um amor platónico por mim, tem de me esquecer. Sim, sei que dói. Eu já tenho marido, filho, neta, filha patuda, neto patuto e a minha exclusividade e prioridade é a minha família. E o mais importante…nenhum deles me diz o que tenho de fazer, quando e como. 

Tenham juízo, gente.


Pensamento meu:

"A Helena tem sabor intenso. Se não tens papilas à altura, não arrisques, não te ponhas a jeito, é um conselho do peito".

Se sou amiga de alguém? Sou, muito mesmo. Mas conforme sou também posso deixar de ser, como já aconteceu algumas vezes. Não sou hipócrita, nem puxa saco. Não comungo da opinião de que os amigos são para toda a vida. As amizades duram o tempo que as duas partes fizerem com que dure. Se acabar a confiança, a lealdade e o respeito, acaba a amizade.  Aliás, quem me conhece minimamente sabe do que falo. Nada é eterno, mas o que é terreno tem de ser alimentado. E já tanta gente me perdeu por se confundir. Não me tomem por lorpa porque não sou, garanto-vos.


Pensamento meu:

"A única obrigação que tenho como pessoa é respeitar, não agradar." 


Tudo aqui sou Eu...

Helena Santos

02-01-2017
(com atualizações que acho convenientes)

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