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EU TAMBÉM QUEBRO
Fui, mas já voltei
Sentia a alma sufocar
A cabeça rebentar
E não sabia o que fazer
Precisava uma forma de serenar
Me libertar
Então fui, apenas me deixei levar
Andei por montes e vales
Aldeias, vilas e cidades
Brinquei, ri, chorei e até rezei
Encontrando o que procurei
Na paz, beleza, silêncios, abraços, sabores
Por mim desejado
Na doçura dum chupa-chupa, em Castelo Branco
No céu estrelado e especial de Carapito
No saboroso pão de trigo de Aguiar da Beira
Passando pela beleza das macieiras de Armamar
A paragem em Lamego, não podia faltar
E com Peso da Régua no horizonte
Cheguei ao destino
De mãos dadas com o rio
Que sem dúvida, é D’Ouro
E o que me esperava naquela margem
Ninguém pode imaginar, mas enlevou-me a alma
E para sempre ficará guardado
Na gavetinha dos meus tesouros
Com o dia a chegar ao fim, cansada
Esperava-me uma noite relaxante
Porque a felicidade tudo superava
E melhor do que a noite, com uma lua sem igual
Foi o amanhecer com um sol sorridente
E sentir o ar puro da Serra, a invadir-me a mente
A minha aldeia por herança, tem feitiço
E me encanta
Mas o tempo fugia-me por entre os dedos
Chegava a hora da partida
E uma visita à Nossa Senhora da Lapa
Levou-me à oração, à reflexão
Fez-me tão bem!
Foi uma curta viagem
Mas o que ganhei em afectos, não tem tamanho
Nem explicação
Hora de voltar à realidade
Regressei grávida de vida…
Beijos, abraços, toques, olhares, sorrisos…gestos
…e flores
Sim, “trouxe” flores…..Tulipas
Prova de felicidade, leveza, gratidão, amizade e amor
Desejando que este momento de graça, perdure
A vida é tinhosa, mas dá-me sempre alternativa
Foram dias de aflição, dor
Mas que por magia
Transformaram-se em alegria
Havendo saúde e amor
O resto conquisto dia a dia
Nem que tenha de quebrar
Porque os pedaços, esses
Junto-os, com paciência
E continuo o meu caminhar!
Helena Santos